Estive até às 2 da manhã a seguir as eleições nos Estados Unidos da América, pela televisão e pela internet. Estas foram as primeiras eleições norte americanas que acompanhei mais de perto.
Fiquei fascinado pela forma com que vi os americanos e o mundo viverem estas eleições.Os americanos encontravam-se expectantes quando à recuperação económica do país. Como referiu um comentador da SIC, estavam divididos entre o “Soft Power” e o “Hard Power”, Obama e McCain respectivamente.A nível mundial, as principais atenções estão viradas para a política externa. Caso McCain vencesse, não eram esperadas grandes mudanças estratégicas na política externa do país. Temia-se sobretudo uma governação semelhante à de Bush. Com a vitória de Obama, agora, espera-se toda uma reformulação da política externa dos Estados Unidos. Sempre com um discurso em que apelava sempre à paz e ao diálogo, prevê-se que Obama, lide com certos assuntos de uma forma mais diplomática, e não belicamente como tem acontecido.
Hoje, dia 5 de Novembro de 2008, é portanto, um dia histórico. Dia em que um negro foi eleito presidente dos Estados Unidos da América. Torna-se curioso se pensarmos que há bem poucos anos, os negros, eram rejeitados pela sociedade norte americana. Lutavam não por cargos políticos mas por igualdade social, contra a segregação social.Nesse tempo os Estados Unidos eram a grande potência mundial. Hoje todo o poderio norte-americano está a desvanecer, e os americanos confiaram num negro para governar e recuperar economicamente o país, 40 anos após ter morrido Luther King Jr., um negro que lutava pela igualdade cívica. A esta hora deve estar a rir-se dos americanos! Ele tinha um sonho, os Estados Unidos não queriam “adoptar” esse sonho, e hoje sem se aperceberem bem como, aproximam-se a passos largos do sonho de Luther King!
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